Sunday, September 03, 2006

Aragem Morna


E é lá, além Tejo, numa recatada vila no interior português. Castiçam os hábitos e as vontades atenuam. Há entrega à paz, ao silêncio queimado do sol. Há sossego interior como que uma reza constante à calmaria. E neste embrulho meio apagado de branco e de inércia, cai a noite devagar mas não arrefece o ar. Com ela um passeio às romarias, aos barulhos das aldeias, das gentes dali. Um copo de vinho ao bailarico. Quente, aragem morna e a estafadeira da pele curtida, o cansaço de estar sossegado dia fora. Quebra de luz, na sombra que se forma na cara desenhada de quem lê umas linhas. Calor e concentração e a regra rompida no meio de braçadas. E uma aragem morna que vem e volta e varre o cabelo da cara e me dá um pouco mais de paz, de desafogo. Assim vejo a cara desenhada que lê e prefiro. Amo a observação como gosto daquela inércia.
Falamos mais logo.

2 Comments:

Blogger Simontarantino said...

sim, é

6:28 PM  
Blogger Mary said...

Gosto de ti mana.. :D mt

7:22 PM  

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