Aragem Morna

E é lá, além Tejo, numa recatada vila no interior português. Castiçam os hábitos e as vontades atenuam. Há entrega à paz, ao silêncio queimado do sol. Há sossego interior como que uma reza constante à calmaria. E neste embrulho meio apagado de branco e de inércia, cai a noite devagar mas não arrefece o ar. Com ela um passeio às romarias, aos barulhos das aldeias, das gentes dali. Um copo de vinho ao bailarico. Quente, aragem morna e a estafadeira da pele curtida, o cansaço de estar sossegado dia fora. Quebra de luz, na sombra que se forma na cara desenhada de quem lê umas linhas. Calor e concentração e a regra rompida no meio de braçadas. E uma aragem morna que vem e volta e varre o cabelo da cara e me dá um pouco mais de paz, de desafogo. Assim vejo a cara desenhada que lê e prefiro. Amo a observação como gosto daquela inércia.
Falamos mais logo.
2 Comments:
sim, é
Gosto de ti mana.. :D mt
Post a Comment
<< Home