casa
Que invasão é esta que sinto num todo de mim, que me aconchega, me pega e alarga o coração? Que me sente e desmente o frio, me nega o choro e circula em mim e grita a paixão de viver assim, de mãos dadas. Não há triste , há calor, há sorriso e uma pegada gigante de quem jamais me deixa cair.
Nas noites que não conhecem saída, que não falam do fim, não o avistam, sequer, voltas a casa, quente e fazes de ti um rei de suores, de gritos. Fazes de mim voltas envoltas em lençóis, braços e músculos. E bocas unidas que conversam baixinho enquanto de novo voltas a casa, mais uma e outa vez. E nesta continuidade de venenos, palavras, sangues e suores, caminhas em mim e sustentas o meu peito, onde mais tarde sempre acabas por adormecer por estares em casa.
Nessa invasão em que os dois nos sentimos... Já que os dois somos só um.
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