Monday, April 16, 2007

cá dentro

Não penso agora em nada que me atormente, em nada que roube de mim esta limpa forma de ver. Nada há que me arranque agora esta alma viva de um grito. E tu, que me fazes sorrir na desmedida tamanha de um céu enorme. E que me plantas felicidade nas pontinhas dos pés e no peito e na barriga. E nas mãos, que te enterlaçam e choram ao partir mais uma e outra vez. E quando regressamos ao regaço quente de nós voltamos a fundir as mãos e os olhos e os pés e a rir do não-sentido da vida e das coisas banais. E rimos mais uma vez da água vermelha que bebemos, que cheira diferente! E depois caímos naquela espiral da vertigem que nos traz o sol e a luz e os pássaros e uma água incolor.
Depois caminhamos... sem cansar e sem secar a palavra que sempre dizemos, que queima na boca e pesa nos ombros.

1 Comments:

Blogger zaok said...

writing spree :D assim ja gosto.beijinhoo

4:00 AM  

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