Sunday, September 23, 2007

tanto

É tanto que gosto desse vento de ti que me sopra a cara e os cabelos e os ombros. É tanto o que sinto no toque, na palavra e cá dentro no peito, cá dentro, cá dentro. É tanto o que me fazes, tanto é o que me cometes, me falas aos olhos e às mãos e às costas também. É muito, tanto, o que trago de ti, o que deixas ficar, o que se arrasta comigo de ti depois do olhar fugaz que desce. É tanta a força que dói na garganta e cá fora nos olhos e nas bochechas e no pescoço, depois. Tanto, tanto... É tanto o tamanho desse nó que me deste, que te dei a ti. É tanta a largura do falar em que adormecemos. Tanto é o uníssono da mente, do peito, da barriga e dos dedos e da coisa mais bonita em que nos sentimos. Tanta, tanta... é a saudade de ti em que agora me embrulho. Tanto é o longe que estás, ainda que aqui ao lado. É tanto, isso que temos... é tanto o que te quero. És tanto, tanto, tanto...