Friday, March 31, 2006

que mania

numa sexta-feira à tarde, de entrada nas férias...

mafalda gosta muito de framboesas says:
queres lá ir comigo?
lady madlene, aquece a alma says:
sim, posso ir
lady madlene, aquece a alma says:
vou só dar uma partidinha de pes e vamos
lady madlene, aquece a alma says:
é pouco tempo
lady madlene, aquece a alma says:
praí meia horinha!
mafalda gosta muito de framboesas says:
ah!
lady madlene, aquece a alma says:
férias é sinónimo de ps2, sabes como sou!

Sunday, March 26, 2006

estado de espírito em estado... crítico

Ben Harper - walk away

Oh, no
Here comes that sun again
That means another day
Without you, my friend

And it hurts me to look into the mirror at myself
And it hurts even more to have to be with somebody else

And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes, sometimes
You just have to walk away
Walk away

With so many people to love in my life
Tell me why do I worry about one?
But'a you put the happi- in my -ness
You put the good times into my fun

And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes, sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door

We've tried the goodbyes
So many days
We walk in the same direction
So that we could never stray

They say if you love somebody
Then you have got to set them free
But I would rather be locked to you
Than live in this pain and misery

They say that time will make all this go away
But it's time that has taken my tomorrows
And turned them into yesterdays

And once again, that rising sun is a droppin' on down
And once again, you, my friend, are nowhere to be found

And it's so hard to doAnd so easy to say
But sometimes, sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door


Sem ti estou mal...

Saturday, March 25, 2006

irritação comercial

Natalie Imbruglia - city

Entra-se e já se está cansado. O contágio das correrias, do "tiquitar" das máquinas registadoras, do fumo de cigarros ambulantes aqui e ali e mesmo da calma dos calmeirões que vão somente para "galar umas damas" e ali passam as tardes a fazer pose torna-se insuportável. Mesmo que ali se esteja porque "tenho de comprar uma coisa que só há lá", aquele movimento e o sítio em si chegam a incomodar. Às tantas não apetece andar mais, palmilhar tudo e assistir a cenas de casalinhos que se enfurecem não sei lá porquê, os velhotes energúmenos que passam as tardes e os fins de tarde (sim, em lugar de irem beber um whiskey com o Toninho da tasca da esquina no final dessa mesma tarde) ali sentados no meio da confusão nuns sofás pirosos postos de propósito para eles ali estarem. A decadência vai aparecendo à nossa frente, por uma ou outra razão mas, lá, sempre acaba por aparecer e, na maioria das vezes, assim que se põe um pé dentro. Depois entramos na tal loja que "só há lá" e como queremos tudo menos demorar ali mais tempo, vamos directos ao assunto e pedimos à empregada que pensa sempre que fomos nós que a obrigámos a trabalhar ali e a ter que aturar todo o tipo de gente. Então ela responde "não, não... só temos o que está exposto" com uma expressão de quem pode vomitar a qualquer momento. Eu cada vez mais me convenço de que este é o único requisito obrigatório para se trabalhar numa lojita de roupa, qualquer que ela seja. Se se souber dizer isto, amigos, há trabalho garantido! Depois dizem mal dos chineses (que são, por sinal, algumas centenas de vezes mais inteligentes e trabalhadores que nós) que ali (agora em todo o lado) montam o seu negócio que lhes vai render o resto da vida porque é baratuxo e eles até conseguem ser prestáveis, mesmo com pessoas que não têm os olhos em bico.
Acabamos por ir embora sem ter cumprido o objectivo e, pior, sem o querermos cumprir, nem sequer pensar nele nos próximos tempinhos. Irritante!

Thursday, March 23, 2006

Fazenda

Esta não é uma fazenda qualquer, esta eu escrevo com letra grande, Fazenda. E as saudades que batem quando me vejo descer os degraus de cimento para aqueles PF's horrorosos já quase fora do liceu, depois de termos atravessado a escola inteira. Depois sentavamo-nos ao sol sem querer saber se já estava ou não na hora. Ficávamos por ali até a Rosa vir aos gritos "Meninos... vá!"... e não íamos à primeira, nem pensar!
A ela eu devo o maior dos "obrigados", ela ensinou-me a arte e arranjou-me por lá uma casinha... Ela nunca desistiu de mim (nem de nenhum) mesmo quando a mim me apetecia fazê-lo.
É ela a professora da minha vida, da minha arte, a que me soltou o traço, a que me pôs os pincéis na mão, a que me obrigou a riscar e dizia "Naaa.. isso está muito lambidinho!". É! Foi ela!
Obrigada, Rosa Fazenda.

Tuesday, March 14, 2006

Desabafo

norah jones - i got to see you again

Hoje apetecia-me outra vez atravessá-la... Ir até lá e ficar por lá uns dias. Deve ser do sol Lisboeta, deve ser da como sempre adiantada primavera, que me lembra outros dias, ali passados ao largo da baixa. Os meus delírios não mais me mostraram pregaminhos de letra soprada da esquerda para a direita nem me fizeram sentir de respiração ofegante nem de peitos subidos e apertados dentro do espartilho de rendas e bordado inglês, como se fosse ainda num antigamente muito antigo. Aqueles delírios trazidos por recentes enxaquecas que mal me deixavam dormir, que me mantinham acordada noite após noite, em que nem o chá quente salvava o sono que teimava em não desaparecer. A minha mente não vencia. Aliás, acho que fazia por obedecer.
Hoje comi framboesas e continuo convencida de ser a minha fruta preferida. Não sei se pela forma, não sei se pela cor, não sei se pela consistência ou se pelo gosto meio amargo que me semicerra os olhos. Ou se calhar por tudo ao mesmo tempo.
Ainda assim, falta-me sempre qualquer coisa. E és sempre tu...
Sempre tu!

Saturday, March 04, 2006

kind of pleasure


Estava a reparar numa coisa em que deviam todos reparar. O título deste post ia ser "só pode ser perseguição" porque para mim este é um assunto com especial interesse e particular piada.
Hão de reparar que a vontade de comer um chocolate não passa com outro doce. É como se houvesse uma química entre nós e o chocolate; uma química especial causada por um dos seus componentes básicos que vicia; o aminoácido feniletilamina que por sua vez nos faz fabricar serotonina, substância que produzimos em situações de felicidade. Não é demais? Claro está que em situações de (por muito pequenas que sejam) depressão e tristeza, o chocolate é aos nossos olhos a nossa melhor companhia. Chama-se chocólatra a uma pessoa viciada em chocolate, que ao mesmo tempo de prazer nos dá energia e relaxa as tensões. Um chocólatra está de tal maneira habituado a que o chocolate o satisfaça que a determinada altura, pede-o de forma imperativa, fazendo a razão vencer o desejo e, quando estala o vício, a maior tendência é aumentar as quantidades ingeridas, pois está claro!
Também está relacionado com boas lembranças! Normalmente as pessoas comem muito chocolate na páscoa, desde pequeninas. Quando, todos os anos, na páscoa, se come chocolate por uma ou outra razão, há uma quase inevitável lembrança da infância que, é obviamente agradável, porque está relacionado com o afecto.
Enfim... o chocolate traz felicidade, sim! Vou viver com um chocolate, eu acho... assim vou ser feliz! Viva ao chocolate!
Nhamy...