Wednesday, October 25, 2006

Mas compensa

A história que todos me conhecem fez de mim pessoa diferente. É uma em que todos me conhecem feliz poucas vezes, tristonha na quase totalidade. Consigo agora perceber que isso faz parte de um passado. Muito próximo, mas faz. Não me condeno e é absurdo que alguém o faça. A vida dá-nos coisas que nos agradam e ensina-nos, devagarinho, a saber tirar proveito. A vida impõe-nos coisas que nos enfurecem, leva pessoas que fazem parte dela. Também isso nos ensina e nos veste mais um casaco de estofo que carregaremos dali para a frente. Então aprendemos a ser mais tolerantes com o resto, como eu aprendi a sorrir perante mais coisas, como eu aprendi a não condenar todas as atitudes que me parecem erradas.
A história que todos me conhecem faz hoje muito mais sentido, sinto nela uma estranha força de me apetecer continuar, cada dia melhor que ontem. Às vezes dói, claro está, e o toque ferve de tanta ausência. Os olhos cegam de nunca ver o que se quer ver e a boca seca de não se dizerem palavras ao ouvido.
Mas compensa, não tenho maior alegria, ainda que continues longe.

Friday, October 20, 2006

doze meses

Outubro é o mês em que se completam doze meses depois do meu primeiro texto online. Outubro foi o mês em que se estabeleceram algumas coisas, o mês em que outras partiram. Outubro foi o mês em que uma coisa partiu e se estabeleceu. Faz-me sorrir muitas vezes, chamava-me as lágrimas outras tantas. O que sei hoje de ti, Outubro, é que me faltas tremendamente e me inundas quando chegas.

Parabéns ao meu blog spot.

Friday, October 06, 2006

new school

Hoje acredito que as pessoas se acomodam ao sexo e que antes disso nada há. Ainda que não haja antes, é apreciável que algo venha depois. Se bem sei o que estou para aqui a dizer, o sexo é o ditante esquema que faz suar de sentido a sedução que é, na grande maioria, a razão das relações. Será que o que se procura no outro e o que o outro procura em nós tem de obedecer a uma medida standart que (nas nossas cabeças) se rege por beleza ou bons corpos, ou tão má conversa que só apeteça levar a pessoa ao leito dos gemidos e das paixões limitadas e de curto-prazo?
Como direi? Se a maneira de seduzir da pessoa não agradar, parece fora de questão de imediato. E vice-versa. Há que ficar com vontade da carne e com sede dos suores? Não me parece.
Eu prefiro perceber como funcionam as mentes, descobrir maneiras de pensar sinistras ou simplesmente banais. Comentar "tem uma cabeça muito engraçada" é agora um "tem um par de mamas de fazer suar as pedras da calçada". Continuo a gostar muito mais de reparar nas frases diabólicas e na gargalhada parva. Não me excluo da mancha que repara nos corpos, nos decotes, nos ombros, nas mãos e nas curvas. Antes ou depois do acto de ordem e que põe a saltar de excitamento as nossas pálpebras, o resto tem de surgir e com isso a amizade. Uma multiplicidade de cumplicidades que não nos travam por ali, que não nos apetrecham e nos desperdiçam quando se torna banal e chato estar no íntimo dos lençóis (ou na falta deles) com a pessoa. Vamos conjugar e juntar fermento.

Thursday, October 05, 2006

Allora

Vediamo: Se la nostra volontà è questa, possiamo inventare romanzesco moderno con il sincerity più grande del mondo. La verità è chi detto che cosa ha fra noi. Andiamo inventarli, da allora che non è bugia.
Accosentite?

Sunday, October 01, 2006

Fazes-me falta II

Qualquer dia sento-me contigo e conto-te todas as coisas que me passam pela cabeça quando não estás. Mas antes quero dizer-te que me tens feito uma falta incrível. É-me difícil andar para a frente quando fica a faltar o abraço importante, quando não há o calor da tua t-shirt sincera. E tudo isto dá comigo em qualquer coisa sem vida mas que respira e pestaneja e anda e fala como quem a tem. Leva-me a outra espiral de loucuras, esta coisa de estares longe. Pareço-me de volta ao início e ainda não me conformo. Não aceito. E também não estás aqui para me ajudares a perceber que realmente aconteceu.
Agora a sério, fazes-me falta.